Tantos desejos soprados pelo vento, se espatifaram quando o vento sumiu...

 



A humanidade anda em círculos.
Grandes coisas vem e partem.
Outras grandes coisas vem e partem.
Grandes Espíritos vem e partem.
Outros grandes espíritos vem e partem.
Num domingo de manhã, com mais uma ressaca de mais uma noite sinistra, mas uma noite qualquer, tomando um café, fumando um cigarro, olhando os cachorros, você se pergunta, mais uma vez:
qual é o sentido dessa merda toda?
Porra! Por que diabos estou nessa? Por que ainda estou nesse mundo onde a Essência perdeu o lugar?
Tantos desejos soprados pelo vento, pelas vozes da Essência perdida.
O Caminho perdido, a programação levemente comprometida, as regras quebradas, as coisas vividas, as idas e vindas mostrando que nada permanece como está.
Ah, porra! A imprevisíveis variantes da Existência.
Quase sem alma, um ser que antes era um ponto de interrogação cruzado por ponto de exclamação, agora estranhamente autotransformado num hiato.
Tantos anos já se passaram, outros tantos ainda por se passar.
Para onde vamos? Até onde vamos? Onde queremos chegar? Queremos mesmo algo? Que algo? Algo maior? Um mundo melhor? Um outro lado menos pior do que o lado onde estamos agora?
Queremos mais coisas para preencher esse hiato que somos? Um carro do ano, roupas da hora, amigos da hora, amores o caralho, pessoas extraordinárias ao nosso redor?
Uma casa melhor, um trabalho melhor, mais dinheiro, mais drogas, mais bebidas, mais sexo, mais trabalho, mais dinheiro. mais trabalho, mais coisas para preencher o vazio, mais alucinógenos para se manter entorpecido e esquecer os anos passando?
Caralho! Cada dia que passa, cada milésimo de segundo que passa a coisa parece piorar.
Sem perda de tempo da moléstia do sentimentalismo, ok?
O mundo humano é o que é.
Parece trágico, parece pessimista, eu sei. 
Mas é o Realismo que está tentando te orientar para além da Essência perdida que jamais se recuperará, como a Graça que foi arrancada de Lúcifer e os outros Arcanjos e anjos que os chamam de 'caídos'.
Conectados, pelo mundo todo, artificialmente, falsamente, como máquinas tentando se tornar algo além de máquinas que rumam subconscientemente à perdição total.
 
"Tantos desejos soprados pelo vento
Se espatifaram quando o vento sumiu..."
 
Eghus Kaninnri LC XIII e EGHUS KANINNRI - ESPÍRITO

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