A mega bolha do abismo social de injustiças, misérias e abusos criminosos

 


Dados da ONU*, anteriores à Pandemia do Coronavírus, estimam que existiam mais de 800 milhões de pessoas em situação de abandono, sem teto, pelas ruas das cidades em todo o Planeta Terra. Há reportagens com dados da ONU de Março de 2020 que relatam 1,8 bilhão de pessoas em situação de rua, VEJA AQUI. Nos EUA, potência mundial, nação próspera, haveria quase 500 mil pessoas nas ruas, no Brasil esse número passaria de 222 mil pessoas nessa situação. Registre-se que, segundo a OMS, também há mais de 200 milhões de animais de rua, especialmente, cães e gatos, muitos, companheiros dos mendigos, andarilhos, moradores de rua, sem teto. 

O problema só se agrava em face da mega bolha do abismo social, causada pelo acúmulo absurdo, criminoso e hediondo de riquezas, onde menos de 1% dos humanos detém 99% das riquezas do Planeta. Além da evidente má vontade política dos governos e dos que tem condições de fazer alguma coisa pelas pessoas e pelos bichos em situação de rua mas não fazem nada ou muito pouco, a dificuldade das instituições, ONG´s e associações humanitárias nacionais e mundiais para fazer uma contagem mais precisa do número total dessa multidão de gente e de bichos nas ruas, também prejudica a elaboração e a realização de políticas públicas consistentes. 

Resumindo: no Pós-pandemia, é possível que haja mais de 1 bilhão de seres humanos abandonados e "invisíveis", junto de pelo menos meio bilhão de bichos abandonados, igualmente "invisíveis" pelas ruas em todo o Planeta Terra.

É evidente que a coisa fica muito pior quando refletimos sobre a mega bolha de abismo social, miséria, injustiças e abusos criminosos, que joga pelos menos metade da população mundial, quase 4 bilhões de seres humanos, em situação de pobreza e extrema pobreza, beirando a rua da amargura, e essa multidão de gente, sem querer, acaba puxando todo o resto para baixo, isto é, a outra metade da humanidade, quase 4 bilhões de viventes, como a pessoa que está se afogando no rio quando puxa a outra para o fundo), metade essa, dividida em classes de trabalhadores comuns assalariados, média baixa, média alta, alta e mega ricos.

Os que estão embaixo se afogando na miséria do mundo, sem querer, puxam os que estão em cima junto para o fundo, é um reação em cadeia à longo prazo!Afinal, quando há um grande contingente de pessoas sem trabalho, abandonadas pelas ruas, sem perspectivas de futuro melhor, sem esperança de dias melhores, isso gera uma fortíssima tensão na mega bolha de abismo social, pobreza, miséria e a infla mais ainda com a violência e todos os tipos  de problemas que devoram as cidades no mundo todo e, claramente, diariamente, o movimento das coisas mostra que, cedo ou tarde, tais problemas que só aumentam dia a dia, farão essa bolha explodir e aí será um Pandemônio brutal, o caos total. 

De fato, diante de tanta miséria, injustiça e abusos criminosos, é só uma questão de tempo para que essa mega bolha do abismo social exploda e detone tudo em toda a parte. Até, é importante destacar, embora, atualmente, haja alto teor de histeria em diversas correntes de pensamento catastrofistas atuais, muita fake news, muita 'pós-verdade', muita baboseira e teorias da conspiração, cada dia aumentam os rumores sobre planos dos que acham que mandam no Planeta, para uma drástica diminuição da população da Terra e que Pandemias piores que a do Sars-CoV-2, guerras e crises econômicas, crises fabricadas, serão uma constante daqui (2022) para frente. Contudo, há quem diga como diria Stephen Hawking: "Enquanto há vida, há esperança". Será? 

Emerson E-Kan

Texto do Prefácio do Livro Andarilhos Errantes.


Imagem: "no Shelter" is a photograp h/ Alezik Photography 

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