Livro: Vidas Fakes
Vidas Fakes é um livro que passa longe do politicamente correto; um livro para quem gosta de algo profundo, divertido e sem frescuras. Um livro para os bons leitores, os Bukowskianos, Nietzscheanos, Nelson Rodriguesanos, os que vivem a vida real, a vida na veia, nua e crua, dia a dia, sem medo de ter medo e aproveitando cada momento não apenas “como se fosse o último”, mas como se fosse para sempre. O tesão de viver a vida de maneira original, autêntica, sendo você mesmo, mesmo com todos os problemas e dilemas que a vida apresenta, é disso que trata esse livro, entre outras coisas, claro…
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(A capa varia conforme a edição)
VIDAS
FAKES
Fames magistra /
A necessidade é mestra.
Essas são as histórias de Roberval Ébrio, um sobrevivente do mundo cão, narradas por ele mesmo...
O bar de família
Perto de onde moro tinha um bar que o dono fazia questão de dizer que era "um bar de família". E é verdade, lá só tinha bêbado, corno e puta de família e, incrivelmente, a maioria era bem-sucedida, tinha muita grana e por mais louco que pareça, a maioria que ia lá era gente boa, descolada, mente aberta para assuntos gerais, menos sobre alguns aspectos da política da República dos Macunaímas, o País "No Future", como alguns mais críticos falavam.
Nesse bar, quase todos se diziam "Conservadores e Cristãos". O que se dizia dono do bar, Zelão, às vezes ia à novena durante a semana e até à missa aos domingos, claro, isso quando ele não ficava no sábado até mais tarde com os amigos do fiado, tomando alguns litrões e "entupindo o nariz" no depósito das bebidas, ouvindo aquela música do Bezerra da Silva que diz: "tem Coca aí na geladeira, tem Coca aí na geladeira".
Foi nesse Bar que conheci Helga, Lídia e Iracema, mulheres deliciosamente loucas. Não foi exatamente no bar, mas enquanto estava no bar vendo o celular, as ditas cujas redes umbrais sociais, jogando papo para o ar com os bêbados de plantão.
Um pouco do passado
É, o mundo mudou, as pessoas mudaram, não tanto, mas mudaram em alguns aspectos. Antigamente, digo, há uns vinte anos atrás, para tentar conquistar uma mulher, pelo menos no Sul da República dos Macunaímas, não tinha bar com mulher normal, só zonão. E para achar mulher que não fosse da lida, uma mulher que não precisasse pagar, o sujeito tinha que ir à selva humana, aos bailes, festas, danceterias, saraus, matinês, muquifos em geral e encher o caneco, dançar, pagar montes de bebidas, lanches e o diabo a quatro, o que no final das contas, saía mais caro do que ir no zonão, e mesmo assim quase sempre, no final, só achava baranga, canhão, bicho feio. A turma brincava na época dizendo: "e aí Roberval! Ontem à noite pensei que você estava indo assaltar um banco. E eu ainda perguntava, mas como assim, Índio Véio? E o tosco tagarela respondia: como assim? É que eu te vi com um canhão que botava até Satanás para correr!!!". E riam. E antes que algum mimizento chore as pitangas, não há nenhuma intenção de maldade aqui em falar da mulher feia, é apenas um relato histórico do tempo passado, onde mulher feia era mulher feia, mulher bonita era mulher bonita, mulher meia boca era mulher meia boca e os homens em geral eram idiotas, bêbados, burros e cornos. Hoje em dia, falar que mulher feia é mulher feia parece um pecado mortal. Feio é feio e ponto final, seja, mulher, homem ou o diabo a quatro. E perceba que não havia preconceito com mulher feia naquela época, afinal, todo mundo pegava mulher feia.
Contudo, não era mole não. A moçada dos dias atuais, jamais saberá o que é encher a cara, entrar na porrada com outros bêbados, catar qualquer 'Tribufu' que cruzar na sua frente e ainda ter que andar uns vinte quilômetros até a casa da Visagem, lá onde Judas perdeu as botas, muitas vezes debaixo de chuva, não poder entrar porque ela se fazia de virgem, séria, mulher para casar e dizia que te achava lindo, maravilhoso, também para casar e que, por isso, as coisas sérias não devem ser apressadas e toda aquela ladainha de sempre, e assim, escapulir do 'fight', não te dar nem um copo d´água e você ter que se contentar apenas com uma sarrada ou quando muito uma mãozinha tímida no 'Geromel'. Não tenho dúvida que se pegassem a rapaziada "sensível" de hoje em dia, os enfiasse numa máquina do tempo e os jogasse na época da nossa juventude, eles nunca mais se recuperariam do trauma.
Contudo, hoje em dia é tudo mais sofisticado, e com as redes umbrais sociais, aplicativos idiotizantes e tudo mais, arranjar mulher é tão fácil quanto dar Golpe de Estado, é a coisa mais fácil do mundo, principalmente, porque homens de verdade, machos 'in natura', sem ofensa, andam em falta no mercado. Diga-se de passagem, é importante dizer que, nesse mundo de idiotização, gadização, desumanização, vidas fakes, frescuras, bundamolice e malemolência, onde quase tudo vira motivo pra cadeia, uma das coisas mais difíceis é Ser Macho. Hoje em dia, máxima data vênia, Ser Macho 'In Natura' é tão perigoso quanto era blasfemar na Idade Média. Por isso, atualmente, há poucos machos de verdade expostos por aí. Aliás, Macho de verdade não fica se arreganhando feito gaita. Logo, por mais que digam que não, as mulheres de hoje em dia, carentes de machos de verdade, acreditam em qualquer papo bem elaborado. Basta fingir bem e ressaltar sempre que são elas que mandam, fingir que concorda com certos aspectos do feminismo e até mesmo dar uma esquerdada, que quase tudo dá certo.
Sim, com o empoderamento feminino e a ascensão social da mulher, o Homem, Macho, se obrigou a ser mais inteligente e por mais chucro e imbecil que seja, teve que aprender novas linguagens, novos códigos, novos jeitos, novos macetes para se sobressair, mas sem perder a essência de Macho da espécie. A gurizada de hoje em dia ou é 'escravoceta', sensíveis critaiszinhos, criados na base de Nutella que comem um vagão de bosta por uma garota ou vivem chorando atrás das meninas que preferem caras mais velhos ou mulheres (inclusive mais velhas), ou então, nem querem saber 'do risco', tamanha é a castração social. Também tem o fato da Pandemia do "Vírus do Morcego Chinês" ter represado o tesão da mulherada, de certa maneira.
De fato, após terem ficado quase dois anos trancafiadas em casa, em quarentena, em círculos limitados, muitas mulheres, principalmente as casadas, viraram verdadeiras bolas de fogo e tem que ter água na mangueira para apagar tantos incêndios.
A emancipação das mulheres
Não há nenhuma dúvida, entre os que usam sua massa cinzenta, que as Mulheres venceram, são livres, independentes e estão reconfigurando esse mundo. Claro, espera-se que elas não se estraguem e se percam no meio do caminho como os Homens. De fato, sobre a vitória das mulheres, só os homens tolos não se mancaram ainda. Reconhecer a vitória das Mulheres não diminui em nada o Homem com H Maiúsculo, muito pelo contrário, uma Mulher forte, bem-sucedida, independente, verdadeiramente empoderada, inspira o Homem e o estimula a se esforçar mais e ir além, e isso, ao longo do tempo, faz com que a humanidade seja melhor, ou pelo menos, menos pior. Somente o homem com h minúsculo, complexado, tosco, impotente, problematiza, reclama, esperneia. E como ainda se vê em alguns lugares pelo Planeta, os homens com h minúsculo, idiotas, fracos de mente, coração e alma, tentam, inutilmente, calar a voz das Mulheres e, mais inutilmente ainda, tentam parar a marcha do tempo e sabotar os avanços civilizatórios, que são lentos mas estão aí, muito, graças as Mulheres com M maiúsculo. É claro que há mais explicações para a "liberação das mulheres", como as mudanças do mundo, que de uns dez anos para cá, fizeram com que a maioria das mulheres, por mérito pessoal delas, esforço próprio, é preciso reconhecer isso, conquistassem melhores posições na sociedade, estudando, se formando, se especializando, se empoderando mais e mais, e isso as tornou mais autônomas, independentes, livres, donas do próprio nariz, mais parecidas com os homens. Inclusive, algumas mulheres, empurradas pelas imposições dessa nova sociedade fake, para o abismo do "empoderamento a qualquer custo", se tornaram iguais ou até piores que o homem do tipo dinheirista, safado, putanheiro, canalha e cafajeste. Sim, as mulheres como coletividade, venceram. Mas a realidade é que tal vitória só se dá por causa das Mulheres com M maiúsculo, que são a minoria. A maioria das mulheres, infelizmente, são mulheres de m minúsculo, inseguras, paranoicas, infantis, extremamente vingativas e dão mais que chuchu em cerca, para qualquer um, ou uma. E nessa pegada de 'querer parecer homem', a mulher com m minúsculo quebra a cara feio, muito pior que o homem em geral.
A única coisa que ainda distingue a mulher cafajeste, que é o pior tipo de mulher com m minúsculo, do homem cafajeste, é que a mulher que se acha super poderosa, que se tornou igual ou pior ao homem cafajeste, por mais que queira passar a imagem de mulher cafajeste, destemida, 'fodidona', até fria e sem coração, ainda sim, ela tem uma tremenda facilidade para cair nas arapucas do coração e, por isso, continua a gostar de sofrer. O fato é que contra a Natureza não há salvação, ou seja, não dá para ir contra a Natureza, por mais que se tente é inútil, pois cedo ou tarde, a Natureza, ainda que de revesgueio, se impõe e bota todo mundo de quatro, principalmente, as mulheres.
Contudo, porém, os novos tempos e isso que chamam de "avanço civilizatório" fez com que as mulheres de um modo geral se tornassem mais donas de si mesmas e presentes em toda a sociedade, inclusive indo à putaria e também aos bares.
Antigamente, se você visse uma mulher sozinha bebendo num bar, todo mundo do bar já pensava que ela era uma prostituta e os mais imbecis já caiam em cima feito urubu em carniça. E, por mais louco que pareça, há lugares hoje em dia que ainda são assim, o que exige cautela redobrada da mulher, desde que apenas beber seja a sua real intenção. Com efeito, o fato é que hoje em dia, as mulheres estão em toda a parte, principalmente, onde só iam homens, como nos bares. Alguns maridos até levam suas esposas junto no bar, para a alegria dos olhos de secar pimenteira dos tarados e bêbados de plantão.
É por isso que bares como o do Zelão, bar de família, são os mais frequentados por mulheres, com ou sem maridos. Apesar de mesmo ali ainda ter os 'bronheiros' de plantão, há uma espécie de código moral, de ordem e de lei do tipo: "se 'louquiar', mexer com a mulher do outro ou mexer com uma mulher, seja quem for ela, se sozinha ou acompanhada de amigas, sem que ela dê bola, a porrada canta no lombo do sujeito que inclusive acaba banido do local". Num bar assim, de família, vale quase tudo, menos putaria e patifaria explícitas e, de certa forma, prevalece o dito: "Respeite e será respeitado. Entra no respeito e fica na moral. Não respeitou? Vai pro pau!".
Seu Djair
Às vezes, Zelão, que ainda era um jovem de trinta anos, ficava na gandaia até de madrugada e, por isso, deixava a abertura do bar a cargo do seu Pai, o bom velho Djair. Todo boêmio ou bêbado que se preze, sabe que não convém fazer amizade com dono de bar porque depois de um tempo, eles pegam confiança e acabam te roubando na conta, sobretudo, se você passar o dia bebendo ou ter conta pra pagar depois...
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Comentários
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Que a balança da justiça cósmica pese mais para o lado do bem e dos atos bons no final! Luz!