Breve relato sobre escola e universidade
Autodidata, curioso, inquieto e intrépido, sempre gostei de ler, de estudar, de pesquisar, buscar mais conhecimento. Ou seja, sempre tive tesão pelo conhecimento.
A escola (sistema educacional público obrigatório, sempre decadente) e a universidade pública (em geral, uma grande ilusão e também sempre decadente), quase destruíram o meu tesão pelo conhecimento com o formalismo, o academicismo e a politicagem militante doutrinadora e lavadora de cérebros.
É por isso que toda vez que penso em fazer algo numa universidade me dá uma angústia dos infernos.
Em resumo, máxima data vênia às opiniões em contrário, para mim, a escola sempre foi um tédio, uma perda de tempo. E a universidade sempre me pareceu outra tremenda perda de tempo, broxante, desestimulante.
Claro, encontrei algumas poucas pessoas boas nesses lugares, um ou outro professor bom, mas no conjunto geral da coisa toda, escola e universidade não me serviram para muita coisa até hoje.
Por isso, embora tenha passado por universidade federal e universidade estadual, sigo estudando sempre de maneira autodidata, livre, brigando com o sistema decadente, e acho essencial estudar de maneira livre, principalmente, como autor e editor.
Por isso, digo e repito:
Salvo raríssimas exceções, o que são as escolas e as universidades, senão prisões da criatividade, campos de extermínio de talentos, masmorras da genialidade, cemitérios de mentes?
Emerson
E.E-Kan
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[...] EDUCAÇÃO EM VISTA DE UM PENSAMENTO LIVRE
Não
basta ensinar ao homem uma especialidade. Porque se tornará assim uma
máquina utilizável, mas não uma personalidade. É necessário que adquira
um sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido,
daquilo que é belo, do que é moralmente correto. A não ser assim, ele
se assemelhará, com seus conhecimentos profissionais, mais a um cão
ensinado do que a uma criatura harmoniosamente desenvolvida. Deve
aprender a compreender as motivações dos homens, suas quimeras e suas
angústias para determinar com exatidão seu lugar exato em relação a seus
próximos e à comunidade.
Estas reflexões essenciais, comunicadas
à jovem geração graças aos contactos vivos com os professores, de forma
alguma se encontram escritas nos manuais. É assim que se expressa e se
forma de início toda a cultura. Quando aconselho com ardor “As
Humanidades”, quero recomendar esta cultura viva, e não um saber
fossilizado, sobretudo em história e filosofia.
Os excessos do
sistema de competição e de especialização prematura, sob o falacioso
pretexto de eficácia, assassinam o espírito, impossibilitam qualquer
vida cultural e chegam a suprimir os progressos nas ciências do futuro. É
preciso, enfim, tendo em vista a realização de uma educação perfeita,
desenvolver o espírito crítico na inteligência do jovem. Ora, a
sobrecarga do espírito pelo sistema de notas entrava e necessariamente
transforma a pesquisa em superficialidade e falta de cultura. O ensino
deveria ser assim: quem o receba o recolha como um dom inestimável, mas
nunca como uma obrigação penosa. [...]
________Como vejo o mundo / Albert Einstein / p.16/90 pdf.
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Que a balança da justiça cósmica pese mais para o lado do bem e dos atos bons no final! Luz!