Crônica-poética

 


Há cinco Séculos inesquecíveis

Vieram servos de um deus que não conhecíamos

Levaram nosso ouro, provaram nossas mulheres...

Mas trouxeram “a cultura” e deixaram suas vestes

Portugal! Portugal!

Nada mal! Nada mal!

Trocaram o pau-brasil

Por restos de bacalhau

Tordesilhas dividiu o “mingau”

Com os Espanhóis que com as espadas

Cortaram bem mais que o mato

De fato! Nem os Incas deixaram rastro...

E a América-latina foi o próprio pato

Napoleão os baniu da Europa

Em várias naus, o oceano atravessaram

E serem os donos do Brasil

Da maneira mais vil Seria o próximo ato...

Em nome de Deus e de Cristo

Mentiram, Mataram e Exploraram...

Muito mais do que em nome do Diabo...

Brasil, espoliado de maneiras mil!

Uma Maria, Um João, dois Pedros e uma Carlota

Brasil, dos militares ao Civil!

Flores de Deodoro para Floriano

De Floriano para Prudente

De Prudente para frente...

Canudos, Contestado, Lampião e o Cangaço... Lembravam:

Tiradentes, Caneca, Farroupilhas...

Gritos que do passado ecoavam

Voltas e idas de uma morte em Vida Severina

Dos Pampas ao Amazonas

O povo é a Latrina, onde

Senhores coronéis, doutores, padres e pastores

Dejetam em cima

E a Elite? O que é a Elite?

O rebento de vida insossa

De um coto espúrio europeu...

Neo-liberais, neo-escravistas

Idólatras do deus da pecúnia

E nós? Quem somos nós?

Os Insurgidos! Combatentes, Sonhadores...

Da Vitória dos Oprimidos

Da Libertação de todos

Até dos Opressores...

(In Miscelânea. Emerson Rodrigues___Realismologia)

(E-mail: grupokzcontato@yahoo.com.br)

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